sábado, 6 de fevereiro de 2010

Justiceiro Frank Castle

O Justiceiro

Dados sobre publicação
Publicado por Marvel Comics
Primeira aparição The Amazing Spider-Man nº 129 (Fev. de 1974)
Criado por Gerry Conway
Ross Andru
John Romita
Características do personagem
Alter ego Frank Castle (Nascido Francis Castiglione)
Espécie Humano
Terra natal Queens, Nova York
Ocupação Vigilante
Base de operações Móvel
Inimigos Homem-Aranha
Rei do Crime
Estado atual Ativo
Codinomes conhecidos Sr. Smith
Charles Fort
Frank Rook
Johnny Tower
Habilidades Perito tático.
Altamente treinado em combate armado e desarmado.
Perito em demolições.
Físico avantajado.
Excepcionalmente elevada tolerância a dor.


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O Justiceiro (The Punisher) é um personagem de HQ da Marvel Comics, sendo o alter ego de Frank Castle. Criado por Gerry Conway, Ross Andru e John Romita, apareceu pela primeira vez em The Amazing Spider-Man nº 129 (1974). É mais corretamente descrito como um anti-herói, sendo um dos mais famosos anti-heróis das histórias em quadrinhos, juntamente com Conan e Motoqueiro Fantasma. No Brasil ele foi chamado de "O Vingador", quando sua primeira história foi publicada no país, ainda pela Editora Ebal.
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História

O Justiceiro é um vigilante, que considera crimes como assassinato, sequestro e tortura aceitáveis como táticas de combate ao crime. Motivado pela morte de sua família, que foi morta pelos capangas do mafioso Costa, quando testemunharam uma execução proveniente de uma guerra entre gangues no Central Park, em Nova York. O Justiceiro pode ser considerado um homem-guerra entre todos os criminosos em geral, conhecendo quase todo o tipo de armamento. Os assassinos de sua família foram os primeiros a serem mortos por eles. Como veterano de guerra, Castle é um mestre em táticas furtivas e de emboscadas, bem como o manuseio de uma vasta variedade de armas.[1]

Frank Castle, ou Francis Castiglione é um homem de origem italiana, nascido em Queens, Nova York. A família Castiglione tradicionalmente gerava homens fortes e muito católicos, tendo inclusive alguns padres na família. Frank foi criado nesse ambiente, seguindo os valores morais de sua família, com um caráter honesto, trabalhador, religioso e colocando a família acima de tudo na vida. O jovem Frank seguiu carreira militar, e se tornou Capitão da Marinha Americana (U.S. Marine), sendo um fuzileiro naval altamente treinado e disciplinado. Frank lutou na Guerra do Vietnã e se tornou o melhor soldado que um exército poderia ter: determinado, leal, resistente e uma máquina de matar. Ele se especializou em diversas técnicas de combate: armamentos, explosivos, sobrevivência, veículos de guerra, e tudo mais que um homem precisa saber para ganhar uma guerra inteira sozinho. Quando Castle voltou, se casou com Maria Elizabeth, e tiveram dois filhos: Frank David Castle (ou Frank Jr.) e Lisa Bárbara Castle. Ele foi aclamado como um herói de guerra, e foi condecorado na Marinha.[2] Um dia Castle foi com sua família ao Central Park para um pequenique, era para ser um dia tranqüilo, com todos muito felizes e se divertindo. Era um dia perfeito, até que ouviram-se tiros. Gangues se enfrentavam disputando poder, e um dos homens fugia na direção dos Castle. A família teve o azar de testemunhar o assassinato do homem, e para eliminar as testemunhas os assassinos atiraram em todos eles. Todos foram atingidos, e foram encontrados pelo jornalista fracassado Mike McTeer. Os policiais fizeram a contagem de mortos e eram cinco (a família e o traficante), mas inesperadamente Frank despertou, e tentou reagir agredindo a todos. Ele estava vivo, escapou da morte por muito pouco, e pelo resto da vida desejaria ter morrido naquele dia. Frank jamais se recuperou, e alega que Frank Castle morreu, junto com Maria e as crianças.[2]

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Os assassinos ainda tentaram acabar com Frank quando ele estava no hospital, mas ele reagiu a tempo matando um dos homens. Ele recebeu proteção da polícia, e tentou levar os assassinos de sua família para a cadeia, identificou os suspeitos e descobriu que eram da Família Costa. Mas os mafiosos tinham álibis forjados, e alguns policiais foram comprados.[2]

Castle se juntou ao repórter McTeer que queria usar a história para reerguer sua carreira. Mas a imprensa não ajudou muito, os dois começaram a estragar os planos dos Costa. Entretanto os Costa mandam o assassino de aluguel Billy "o Belo" Russo, que inclusive participou da execução da família de Castle, para acabar com as investigações contra eles. McTeer é assassinado e Frank tem sua casa destruída e escapa por pouco da explosão.[3]

Não adiantava mais. Por mais que Frank tentasse eles continuariam impunes, a justiça não seria feita. Dessa vez era a hora de tentar do jeito de Frank, da única forma que ele ainda conhecia e acreditava. Nesse dia, ele declarou Frank Castle como morto e nasceu o Justiceiro. O Justiceiro jurou matar todos os responsáveis pela morte de sua família, declarou guerra aos traficantes, mafiosos e criminosos em geral. Uma guerra pessoal que jamais teria fim. Castle decidiu fazer justiça com suas próprias mãos e perseguiu as pessoas que assassinaram brutalmente sua família.

Em sua primeira operação, ele extermina vintes e seis bandidos e poupa apenas Billy Russo da morte, para que ele avise os Costa da existência do Justiceiro. É neste momento que ele destrói o rosto de Russo, atirando-o contra uma vidraça. Russo, mais tarde, viraria o vilão Retalho.[3]

Após ter vingado sua família, Castle continuou sua cruzada contra o crime organizado e contra todos os criminosos que encontara. Ele iria em breve começar a utilizar o símbolo de caveira branca que ele usou na Guerra do Vietnã: a caveira, como seu símbolo, e ele começou a utilizar o codinome "Justiceiro".

Adotando o nome de Justiceiro, ele vinga sua família e, pegando para si o dinheiro dos bandidos que mata, ele dedica sua vida ao combate ao crime. Apesar de tradicionalmente atuar sozinho, por um período ele teve um parceiro: o hacker apelidado de Microchip. Ele era o responsável pela compra de armamentos, transferência de dinheiro pela internet, investigação dos alvos e invasão de sistemas de segurança. Com o tempo, Microchip acabou concluindo que as atividades de Frank eram ineficazes e se voltou contra ele. Microchip chegou a treinar um novo Justiceiro, que acabou morto. No recente título Punisher MAX, Microchip retorna (ele aparentemente havia morrido em uma explosão), com o intuito de recrutar (à força) Castle para operações antiterroristas financiadas (secretamente) pelo FBI. Resultado: Microchip acaba morto pelo Justiceiro com um tiro na cabeça.

A guerra do Justiceiro lhe trouxe muitos inimigos, como por exemplo: a polícia, os mafiosos, os heróis, e principalmente o Rei do Crime (Wilson Fisk). Entre os principais inimigos do Justiceiro podemos destacar: Retalho (um combatente quase tão mortífero quanto Castle que possui o rosto todo costurado), o Rei do Crime, o Mercenário, e o Chacal (que tentou usá-lo para matar o Homem-Aranha), O Barracuda e o assassino Russo. Tem Também a organização criminosa dos Gnucci, chefiada pela matriarca Mama Gnucci e seus dois filhos Eddie e Bob Gnucci.

O Justiceiro tem um senso moral próprio, eliminando sistematicamente os bandidos que encontra, ao invés de levá-los à cadeia. Por isso, por diversas vezes, ele acabou entrando em conflito com outros super-heróis do Universo Marvel, principalmente o Demolidor. Castle já foi sentenciado à prisão perpétua, mas foi salvo por policiais subornados por um chefão da máfia, que queria usar Castle como um matador particular. Em outro arco de histórias (mais controverso), o Justiceiro chegou a morrer de fato, mas foi trazido de volta do inferno por um anjo, para que matasse outro anjo. Essa série não agradou e tempos depois Frank reapareceu realmente vivo e com seu segmento histórico original.

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Poderes e habilidades

Frank Castle não possui nenhuma habilidade sobre-humana, sendo apenas um homem altamente treinado em táticas de guerrilha. Conta também com uma determinação ímpar, além de centenas de armas e equipamentos. Utilizando táticas diversificadas para enfrentar os criminosos. Muitas vezes, não os enfrenta diretamente, utilizando estratagemas para fazer com que se separarem, tornado-os alvos fáceis para Castle. Para se proteger, utiliza um uniforme de kevlar. A caveira em seu peito tem uma finalidade única, chamar a atenção para si, fazendo com que mirem na caveira onde o kevlar o protege, e não em sua cabeça. O corpo do Justiceiro certamente possui inúmeras cicatrizes, e ao contrário da maioria dos outros heróis, Frank não possui nenhuma habilidade especial de resistência ou cura. Ele já foi ferido diversas vezes e é muito difícil ver uma história em que ele não seja baleado, esfaqueado, caia de um algum lugar ou seja bastante surrado. Uma coisa é certa: Frank Castle sabe apanhar! [2]


Curiosidades Editoriais

O Justiceiro teve seu grande sucesso nos fins dos anos 1980 e nos anos 1990, depois de aparecer numa história do Homem-Aranha desenhada por Frank Miller. Neste período, ele se transformou no principal anti-herói da editora, conseguindo até mesmo superar outro famoso anti-herói dos quadrinhos, Conan o Bárbaro, também da Marvel. No Brasil chegou a ter uma revista própria nos anos 1990, em formato americano e P&B, além de ser o herói de algumas graphic novels e mini-séries.

Desde abril de 2000, Garth Ennis vem sendo o roteirista das revistas do Justiceiro, quase sempre com a arte de Steve Dillon. O título faz parte da linha Marvel MAX de quadrinhos adultos.


Curiosidade literária

Gerry Gonway criou o Justiceiro em 1974, personagem cujo conceito foge de tudo o que um leitor de Histórias em Quadrinhos está acostumado a ver. Normalmente um super-herói se preocupava sempre em poupar vidas. É justamente aí que o Justiceiro se diferenciou dos demais super-heróis: ele considera que os criminosos, principalmente aqueles ligados ao crime organizado, são como uma doença na sociedade, e devem ser mortos para que não causem mais nenhum mal a seus semelhantes. Na verdade, se trata de um anti-herói. Ele não espera os criminosos agirem para entrar em ação. Ele caça os bandidos e os mata antes que causem mais sofrimento aos inocentes.

Frank Castle decidiu se tornar o Justiceiro (em inglês, Punisher) após ver sua família (esposa e dois filhos) ser assassinada por mafiosos, apenas por terem testemunhado um assassinato cometido por eles. Quando saiu do hospital (ele também havia sido baleado) esperou que a polícia fizesse justiça, prendendo a quadrilha. Sua expectativa se viu frustrada pela corrupção nos altos escalões do governo (segundo o delegado encarregado do caso, a ordem de arquivar o mesmo veio "tão de cima que tinha até neve"). Depois, recorreu à imprensa, mas depois que o jornalista em quem confiava fora assassinado, se desiludiu com todas as formas de se conseguir justiça.

Nos deparamos com um princípio retribuitivo. Para o Justiceiro, cada ação deve corresponder uma reação, e isso proporcionalmente. Quanto maior a falta, maior a pena para quem a cometeu. Considerando que um criminoso ameace a sociedade, representando risco de morte para a população, seria justo (na opinião do Justiceiro) que o mesmo devesse ser privado da vida, o que viria a proteger a sociedade. Injusto seria deixar que um elemento com alto grau de periculosidade andasse solto pelas ruas, ameaçando a vida das pessoas de bem. Mesmo se fosse preso, não se faria justiça, pois ele poderia eventualmente ser libertado, e voltar a ameaçar os inocentes ou comandar o crime de dentro da cadeia.

Mas também é importante ressaltar sua preocupação com a lei. Durante a saga "A Herança do Rei", ele critica Mickey Fondozzi, um ex-mafioso conhecido de outras aventuras, por estar contrabandeando cigarros, Mickey retruca dizendo: "E daí? É só pra burlar o imposto! Todo mundo fuma, todo mundo fica feliz!" "É contra a lei!", lembra o Justiceiro. "Você vive desrespeitando a lei, cara!" argumenta Mickey. "Eu sou a exceção que comprova a regra!", finaliza o Justiceiro. Aristóteles condenaria esta atitude, por considerar que um homem justo não deve fazer concessões a si mesmo, mesmo considerando estar fazendo o certo. É desnecessário dizer que Frank Castle é procurado pela polícia por seus diversos assassinatos, e todos os super-heróis anteriormente citados concordam que um homem como o Justiceiro é o que a sociedade precisa.

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1 comentários:

Frank disse...

Tudo certo não tinha como ser melhor